MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA


O Strongyloides stercoralis  é um verme que apresenta algumas características biológicas interessantes em seu ciclo evolutivo. O S. stercoralis pode multiplicar-se, durante algumas gerações, em vida livre. Seus ovos eclodem ainda nas vizinhanças da mucosa intestinal e, assim, a forma evolutiva eliminada nas fezes dos humanos são as larvas rabditoides. Só existem machos na fase de vida livre no solo. 

Em relação ao verme (Strongyloides stercoralis ), foram realizadas as seguintes afirmações:

I)  As fêmeas são de vida livre, encontradas no ambiente. São partenogênicas e parasitam o intestino delgado de humanos. Elas possuem o genoma 3n e, portanto, não precisam de um macho para se reproduzirem.

II) As fêmeas são de vida livre, encontradas no ambiente. São partenogênicas e parasitam o intestino delgado de humanos. Elas possuem o genoma n e, portanto, não precisam de um macho para se reproduzirem.

III) Do ponto de vista clínico, esse é um dos poucos vermes que podem causar diarreia. Como seu habitat é o intestino delgado, ele pode causar uma diarreia com cólicas periumbilicais (em torno do umbigo), fezes aquosas, com grande volume, odor muito forte, podendo conter pedaços de alimentos não digeridos (lienteria) e flatulência (gases).

Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmação(ões) contida(s) em:


II e III, apenas


I, apenas


I e II, apenas


I e III, apenas


III, apenas

O Necator americanus e Ancylostoma duodenale são dois nematelmintos bastante semelhantes. Ambos possuem um aparelho bucal que os torna capazes de morder a mucosa intestinal. O A. duodenale possui dois pares de dentes no aparelho bucal, e o Necator americanus possui duas placas cortantes. 

Ao morder a mucosa intestinal, esses parasitos provocam sangramento para se alimentarem, pois são hematófagos. Esta é a fisiopatologia da anemia que está relacionada a essa parasitose, também conhecida como:


"Barriga d'água" ou xistose.


Teníase ou cisticercose.


Amarelão ou “doença do Jeca Tatu”.


"Barriga d'água" ou “doença do Jeca Tatu”.


Amarelão ou xistose.

Dos protozoários parasitas humanos, talvez sejam mais conhecidos os esporozoários dos gêneros Toxoplasma e Plasmodium sp, causadores da toxoplasmose e da ma­lária, respectivamente. Eles são de estrutura simples, apre­sentam um só núcleo e não têm elementos locomotores. Os esporozoários não apresentam estruturas locomotoras e são dotados de uma estrutura proeminente, o com­plexo apical, que tem papel importante nesses organis­mos, pois permite a sua penetração nas células hospedei­ras. Habitam diferentes locais do corpo do hospedeiro, no interior das células ou em cavidades de diversos ór­gãos. A reprodução sexuada, geralmente presente, faz-se por singamia (fusão dos núcleos dos gametas). A repro­dução assexuada típica se dá por esporulação ou divisão múltipla.

Fonte: Disponível em: http://www.resumoescolar.com.br/biologia/caracteristicas-e-classificacao-de-alguns-dos-filos-dos-protozoarios/. Acesso em: 02 ago.2016.

Analisando as informações do texto acima e considerando os esporozoários Toxoplasma gondii e Plasmodium sp, assinale a alternativa que represente corretamente o filo desses protozoários:


Apicomplexa


Zoomastigophora


Cilliophora


Rhizopoda


Flagellata

Ameba é um termo geral que engloba diferentes gêneros e espécies de protozoários, sejam parasitos ou de vida livre, a maioria são sarcodinas e outros sarcomatigóforas. Entre as amebas intestinais, ou seja, aquelas que podem ser encontradas no intestino grosso, estão: Entamoeba coli, Entamoeba histolytica, Entamoeba dispar, Entamoeba hartmanni, Endolimax nana e Idamoeba butschlii, todas sarcodinas. 

Destas, apenas a Entamoeba histolytica é considerada parasito e pode causar diarreia mucossaguinolenta. As demais, são consideradas comensais e sua presença no intestino, diagnosticada pelo encontro dos seus cistos nas fezes do hospedeiro, denuncia que essa pessoa está ingerindo água e alimentos contaminados com matéria fecal. Essa condição coloca o indivíduo sob o risco de adquirir qualquer infecção com mecanismo de infecção fecal-oral.

Sobre os protozoários com habitat no intestino grosso, foram realizadas as seguintes afirmações:

I) A Entamoeba histolytica e o Balantidium coli são protozoários que habitam o intestino grosso e podem causar uma diarreia mucossanguinolenta. O excesso de produção de muco parece ser uma resposta inespecífica contra agentes agressores na mucosa.

II) Com relação à E. histolytica, especificamente, é preciso considerar que uma chegando à luz do intestino grosso, os trofozoítos que desencistaram no intestino delgado, podem seguir dois caminhos que determinam se o ciclo será patogênico ou não patogênico.

III) O B. coli pode fazer alternância de gerações, reproduzindo-se por divisão binária ou por conjugação, que é uma forma de reprodução sexuada.

Assinale a alternativa CORRETA:


Somente as afirmativas I e II são corretas.


Somente a afirmativa II está correta.


Somente as afirmativas I e III são corretas.


Somente as afirmativas II e III são corretas.


As afirmativas I, II e III estão corretas.

O que é dengue?

A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente com a dengue em mais de 100 países de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue. Existem quatro tipos de dengue, pois o vírus causador da dengue possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo, mas imunidade parcial e temporária contra os outros três. Embora pareça pouco agressiva, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue, caracterizadas por sangramento e queda de pressão arterial, o que eleva o risco de morte. A melhor maneira de combater esse mal é atuando de forma preventiva, impedindo a reprodução do mosquito.

Acredita-se que o mosquito transmissor chegou ao Brasil pelos navios negreiros, uma vez que as primeiras aparições do mosquito se deram no continente africano. No início do século XX, o médico Oswaldo Cruz implantou um programa de combate ao mosquito, visando reduzir os casos de febre amarela. Essa medida chegou a eliminar a dengue no país durante a década de 1950. Segundo o Ministério da Saúde a primeira ocorrência do vírus no país, comprovada laboratorialmente, ocorreu em 1981-1982 em Boa Vista (PR). No entanto, a dengue voltou a acontecer no Brasil na década de 1980. Hoje em dia, os quatro tipos de vírus circulam no país, sendo que foram registrados 587,8 mil casos de dengue em 2014, de acordo com o Ministério da Saúde.

Fonte: Disponível em: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/dengue. Acesso em: 19 set.2016.

Considerando as informações do texto acima, pode-se afirmar que o principal vetor de transmissão da dengue é o mosquito:


Anopheles darlingi, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.


Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.


Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas equatoriais e mediterrâneas.


Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas semiáridas e desérticas.


Anopheles darlingi, que se desenvolve em áreas equatoriais e mediterrâneas.

O que é rubéola?

Rubéola, também conhecida como sarampo alemão, é uma infecção contagiosa causada por vírus e caracterizada por erupções vermelhas na pele.

Causas

A rubéola é transmitida de pessoa para pessoa, por meio do espirro ou tosse, sendo altamente contagiosa. Uma pessoa com rubéola pode transmitir a doença a outras pessoas desde uma semana antes do início da erupção até uma a duas semanas depois de seu desaparecimento. Ou seja, uma pessoa pode transmitir a doença antes mesmo de saber que tem rubéola. A doença também pode ser congênita, podendo ser transmitida de mãe para filho ainda durante a gravidez.

Sintomas de rubéola

Os principais sintomas da rubéola costumam ser leves e difíceis de serem notados, especialmente em crianças. Quando surgem, os sinais da doença demoram geralmente de duas a três semanas após a exposição com o vírus para se manifestar e duram, em média, de dois a três dias. O principal deles é o surgimento de erupções vermelhas pela pele, que aparecem primeiramente no rosto e depois vão se espalhando pelo tronco, braços e pernas. Entre os outros sintomas da rubéola estão:

  • Febre leve
  • Dor de cabeça
  • Congestão nasal
  • Inflamação nos olhos (avermelhados)
  • Surgimento de nódulos na região da nuca e atrás das orelhas
  • Desconforto geral e sensação de mal-estar constante
  • Dor muscular e nas articulações
Fonte: Disponível em: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/rubeola. Acesso em: 17 set.2016.

Considerando as informações do texto acima, podemos afirmar que a profilaxia da rubéola baseia-se: 


na vacinação, usando-se a vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e hepatite) ou a vacina monovalente (apenas contra rubéola).


na vacinação, usando-se a vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) ou a vacina monovalente (apenas contra rubéola).


na vacinação, usando-se a vacina tríplice viral (hepatite, rubéola e caxumba) ou a vacina monovalente (apenas contra rubéola).


na vacinação, usando-se a vacina BCG ou a vacina monovalente (apenas contra rubéola).              


na vacinação, usando-se a vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) ou a vacina BCG (apenas contra rubéola).

Primeiramente, leia o texto abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.

O que são bactérias? 

As bactérias são seres muito pequenos que, em sua maior parte, não podem ser vistos a olho nu. Apesar de seu tamanho, elas se multiplicam em grande velocidade, e, muitas delas, conhecidas como germes, são prejudiciais a saúde do homem, pois podem causar inúmeras doenças.

Características e informações sobre as bactérias 

Elas se encontram por toda parte, e há milhares delas no ar, na água, no solo e, inclusive, em nossos corpos. Contudo, nem todas são maléficas, há aquelas que desempenham papéis extremamente úteis para muitas formas de vida, inclusive para os seres humanos. No caso de plantas, como as ervilhas, elas se beneficiam desta forma de vida, que habita em suas raízes dentro de pequenos caroços, em seu crescimento por meio da substância química que estas bactérias produzem. No solo existem bactérias que podem ser benéficas de várias maneiras, uma delas é ajudar as folhas velhas das plantas a apodrecerem fornecendo alimento às novas plantas. Entretanto, há certas bactérias que são daninhas aos vegetais prejudicando-os a ponto de destruí-los. 

No caso dos seres humanos, elas podem ser combatidas por meio do uso de antibióticos, que, quando usados conforme orientação médica, tem efeito eficaz sobre os germes prejudiciais a saúde. Caso contrário, elas aumentarão rapidamente ampliando o número de colônias. Em muitos casos, elas podem ser transferidas de pessoas para pessoas. Podemos citar como principais tipos de bactérias: cocos (formato arredondado); bacilos (alongadas em forma de bastonetes); espirilos (formato espiralado) e vibriões (possuem formato de virgulas).

Até 300 anos atrás, ninguém sabia da existência deste tipo de vida, foi um holandês chamado Leeuwenhoek que as observou pela primeira vez. Em 1865, Louis Pasteur, por meio de seus estudos e observações, descobriu como elas se multiplicam e causam doenças. Contudo, os estudos desta forma de vida só foram mais precisos depois que Roberto Koch, em 1870, descobriu como colori-las e mantê-las vivas em uma espécie de geleia que ele mesmo criou. Desta forma, elas poderiam ser observadas por mais tempo e também de formas diferentes, fato que permitiria um conhecimento mais completo e aprofundado deste tipo de vida.

Fonte: Disponível em: http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/bacterias/. Acesso em: 20 set.2016.

Figura: Bactérias - apresentam uma estrutura celular bastante simples.

Fonte: Acervo do autor.

Analisando as informações do texto acima e considerando que as bactérias patogênicas são causadoras de inúmeras doenças, assinale a alternativa em que todas as doenças relacionadas são causadas por bactérias:


febre tifoide, pneumonia e tuberculose.


hepatite, dengue e meningite.


sifílis, dengue e gonorreia.


febre tifoide, hepatite e tuberculose.


febre tifoide, pneumonia e hepatite.

Leia o texto abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.

Quem nunca sofreu com uma infecção de garganta? 

A dor de garganta é um dos sintomas mais comuns da prática médica, sendo frequente tanto em adultos quanto em crianças. A inflamação da garganta surge, geralmente, devido a um quadro de faringite e/ou amigdalite, ou seja, inflamações da faringe ou da amígdala, respectivamente.

Fonte: Disponível em: http://www.mdsaude.com/2009/03/dor-de-garganta-faringite-amigdalite.html. Acesso em: 19 set. 2016.

Não é difícil, então, pensar nos sintomas: dor de garganta, placas de cor esbranquiçada na garganta, dificuldade para engolir, mal estar e febre. Essa é uma infecção causada comumente pelo Streptococcus pyogenes, que atinge principalmente crianças e adolescentes. As placas esbranquiçadas presentes na garganta são:


colônias de bactérias, resultante da multiplicação desses microrganismos.


colônias de fungos, resultante da multiplicação desses microrganismos.


colônias de protozoários, resultante da multiplicação desses microrganismos.


colônias de vírus, resultante da multiplicação desses microrganismos.


colônias de plasmídeos, resultante da multiplicação desses microrganismos.

A pitiríase versicolor é uma micose de pele muito comum provocada pelo fungo do gênero Malassezia. A pitiríase versicolor também é conhecida pelos nomes pano baco, micose de praia ou tínea versicolor. O pano branco não é uma doença contagiosa, portanto não há transmissão do fungo de uma pessoa para outra. Esta micose também não tem relação com falta de higiene ou contato com locais de uso público, tais como piscinas, banheiros ou vestiários.

Fonte: Disponível em: http://www.mdsaude.com/2014/11/pitiriase-versicolor-pano-branco.html. Acesso em: 15 set.2016.

O diagnóstico laboratorial da pitiríase versicolor é realizado:


raspando-se as escamas da pele, que são observadas ao microscópio para procurar hifas do agente.


coletando-se fios de cabelo, que são observados ao microscópio para procurar hifas do agente.


coletando-se fios de cabelo, que são observados ao microscópio eletrônico para identificar organismos acelulares.


raspando-se as escamas da pele, que são observadas ao microscópio para identificar colônias de protozoários.


raspando-se as escamas da pele, que são observadas ao microscópio para identificar as hifas de bactérias.

O A. lumbricoides, popularmente conhecido como lombriga, é um parasito grande, que precisa absorver uma grande quantidade de nutrientes, especialmente a vitamina A e, portanto, pode provocar uma hipovitaminose A. Possivelmente você já ouviu falar que uma pessoa que está com manchas claras na pele pode estar com verminose. Isso pode ser verdade, sim! 

Se a pessoa tiver uma grande carga parasitária de A. lumbricoides e se alimentar mal, pode ter hipovitaminose Um dos sintomas da carência de vitamina A, é justamente a formação de manchas claras na pele, uma condição conhecida como “pano”. Um outro quadro que esse parasito pode causar é a obstrução intestinal. Se você perguntar na sua família ou entre amigos, talvez encontre uma história de alguém que morreu ou quase morreu porque teve um “nó nas tripas”, devido a lombrigas. Esse é o quadro que ocorre quando há uma grande quantidade de A. lumbricoides no intestino do hospedeiro e esses vermes embolam-se e se enroscam como um novelo, obstruindo a luz do(s): 


fígado.


intestino delgado.


intestino grosso.


pulmões.


estômago.

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